Faculdade de Ciência da Informação
Lígia Gonçalves Carneiro (5º semestre)
– 14/0044990
Paloma Conceição Rodrigues (5º
semestre) – 14/0029630
Wilian Chaves Silva (5º semestre) – 14/0165991
Introdução
Durante
o semestre, aprendemos muito sobre diplomática e tipologia. Agora sabemos como
são feitas análises diplomáticas – avaliando forma, formato, suporte, emissor, gênero,
sinais de validação e configuração da informação – e análises tipológicas –
avaliando fundo, função e tipo. A diplomática tem como objeto o estudo da
estrutura formal e da autenticidade dos documentos. A tipologia se dedica ao
estudo dos tipos documentais
A
melhor oportunidade que tivemos para demonstrar esses conhecimentos foi durante
a oficina. Nosso grupo acabou focando principalmente em sinais de validação,
suporte e configuração da informação durante as atividades, em decorrência do
tema que escolhemos. No entanto, abordamos os demais aspectos arquivísticos e
referentes às análises diplomáticas e tipológicas ao entregar aos participantes
seu certificado.
O
grupo Pego no Ato fez sua oficina sobre documentos forjados. Nossa inspiração
inicial foi a carta forjada por Andressa Wagner, secretária do pai do menino
Bernardo, passando-se por Odilaine Uglione, a mãe. A falsificação foi
descoberta com uma análise das características da caligrafia e foi questionada
a semelhança da assinatura da carta com a do documento de identidade de
Odilaine. Desse documento de identidade surgiu a ideia de analisar documentos
de identidade para verificar a autenticidade desses. Expusemos na oficina uma
cópia da carta e da carteira de identidade.
Os
originais da carta e da carteira de identidade de Odilaine provavelmente
pertencem ao fundo da polícia, enquanto as cópias utilizadas na oficina
pertencem ao grupo Pego no Ato.
Nossa
atividade principal consistiu, portanto, em avaliar três documentos de
identidade. Os participantes tiveram à disposição um informativo com uma breve
explicação do que é arquivologia e de que se tratam as análises diplomática e
tipológica, além de um material que abordava formas de identificar um documento
de identidade falso. Depois que os participantes davam seus palpites, revelávamos
se eles estavam certos ou não e por que.
A
carteira de identidade de Lígia Gonçalves Carneiro pertence ao fundo Lígia
Gonçalves Carneiro, a carteira de identidade de Paloma Conceição Rodriguespertence ao fundo Paloma Conceição Rodrigues, a carteira de identidade de Jandira
Teixeira Chaves pertence ao fundo Jandira Teixeira Chaves e os três documentos
foram emprestados ao grupo Pego no Ato para a oficina.
Explicamos
que duas das identidades eram verdadeiras e uma era falsa. Uma das verdadeiras
estava em boas condições e em geral passava na avaliação dos participantes, mas
a outra estava com o material deteriorado e podia deixar dúvidas. No caso, esta
havia sido feita em um lote defeituoso, mas não deixava de ser válida. Já a
falsa era uma cópia plastificada que tinha aparência bastante autêntica,
especialmente por a plastificação impedir o acesso a alguns sinais de
validação.
Promovemos também uma atividade secundária
que consistia em avaliar se um ingresso de cinema emitido via internet era
verdadeiro ou não. Depois que os participantes davam seus palpites, revelávamos
se eles estavam certos ou não e por que. O ingresso era falso, porém era
impossível determinar isso sem que houvesse leitura do código de barras, e isso
foi explicado a nossos participantes. O documento pertence ao fundo Lígia
Gonçalves Carneiro e foi emprestado ao grupo Pego no Ato para a oficina.
Ao
final das atividades, demos a cada participante um pequeno certificado de
participação. Antes de entregá-lo à pessoa, autenticamos com um carimbo e
explicamos o que aquele documento representaria a partir da perspectiva do
fundo do participante em questão. Recomendamos que o certificado fosse guardado
junto a outros certificados de atividades acadêmicas.
Explicamos
que, no fundo do participante, aquele certificado serviria de comprovação de que ele(a)
participou da oficina. A forma era
original, o formato era folha avulsa, o suporte era papel, o emissor era o
grupo Pego no Ato, o gênero era textual e os sinais de validação eram o carimbo
e a assinatura no verso. A configuração da informação consistia em texto com
uma imagem de fundo e um nome escrito à mão e havia algumas logomarcas na parte
inferior do documento. O fundo ao qual o certificado pertenceria era o fundo
pessoal da pessoa, sendo que a espécie era certificado, a função era atestar a
participação e o tipo era certificado de participação.
Conclusão
A partir de tudo que aprendemos na
disciplina de Diplomática e Tipologia Documental, podemos ver as
particularidades de cada documento que utilizamos na oficina, bem como as
mudanças que eles podem sofrer dependendo do contexto.
Dentro do contexto da nossa oficina, por exemplo,
a função da maioria deles era demonstrativa, eles serviam como parte da
atividade se fosse levado em consideração o fundo Pego no Ato. No entanto, se
analisados dentro dos fundos pessoais dos donos dos documentos, as funções já
seriam outras – bem como as tipologias. Essas e outras reflexões são fruto dos
conhecimentos adquiridos ao longo do semestre.
Referências
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Como
fazer análise diplomática e análise tipológica de documento de arquivo. São
Paulo: IMESP/ARQ-SP, 2002. (projeto Como Fazer, 8).
DI PIETRO, L. e LOPEZ,
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conceitos através da imagem projeto IMAGINANDO/UnB.. Alexandria (Peru), v. 10,
p. 67-79, 2013.
DURANTI, Luciana. Diplomática:
usos nuevos para una antigua ciencia. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla):
S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5).
LOPEZ, A.; AVILA, R. Blogs de
Diplomática e Tipologia documental como instrumento de aprendizagem: uma
experiencia da Universidade de Brasília. In:
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Nuevos Medios, Nueva Comunicación. Salamanca : USAL, 2010. v. 1. p.
1086-1098. ISSN/ISBN: 9788461516933.
LOPEZ, A. et al. Blogs como
ferramenta de ensino-aprendizagem de Diplomática e Tipologia Documental: uma
estratégia didática para construção de conhecimento. Perspectivas em Gestão
do Conhecimento. João Pessoa, Vol. 1, Número Especial (2011): Perspectivas
em Arquitetura da Informação, p. 86-99.
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